Não foi apenas um banho tático . Foi uma vitória de um espírito que pareceu tirar as forças, o equilíbrio, os passes e passos certos do Santos. O Grêmio nem precisou ser avassalador. Bastou o gremista respirar para o Santos dar o ar, o campo, a bola e mais um pouco para o time gaúcho.Até poderia ir para a Vila Belmiro com uma vantagem ainda superior se acreditasse mais nas próprias forças. Se ultrapasse os próprios limites. Mas, talvez, aí, já não fosse o Grêmio. Eles sabem das limitações. De tanto as reconhecer, jogam um pouco além delas. Diferente de alguns que se acham mais do que são.O santista na Vila Belmiro precisa dar o apoio incondicional que o torcedor brasileiro precisa ter não apenas numa semifinal de Libertadores. Não é fácil lotar estádio e gritar em 19 jogos de um Brasileirão. Mas, no mínimo, o apoio incondicional é atitude mais inteligente que chamar de burro o treinador que mexeu no time e de bagre o lateral que errou um cruzamento.Os times do Brasil não precisam se inspirar na equipe do Grêmio. Mas as torcidas podem transpirar como o gremista faz do Olímpico um lindo estádio de espírito.
Mauro Beting